SAUDADES...

Saudades...

Que palavra bonita.

Mas, ao mesmo tempo tão dolorida.

É bonita, pois, nos faz lembrar.

De alguém importante.

Ou de algo/situação boa.

Porém, essa palavra simples.

Tem um poder que te controla.

Tem uma força que te domina.

Saudades...Saudades...Saudades...

Essa é uma palavra divina.

A exatamente trinta meses.

Passei a sentir o sabor dessa palavra.

Como também a entender o seu significado.

A conheci no dia que te perdi.

Estimada mestre, calorosa amiga.

Naquele dia senti a dor da separação.

Vendo-te ali tão serena e linda.

Iniciou-se em mim o peso da saudação.

A certeza de mergulhar-me.

No abismo da saudade.

Que tu me deixastes ao embarcares para a imensidão.

Saudades de que?

De tudo...

De nada...

Das conversas banais...

Das aulas apaixonantes...

Do conhecimento transmitido...

Dos conselhos valiosos...

Das mensagens sem motivos...

Do que não foi dito...

Hoje, aqui, carrego o peso do luto.

Carrego também o seu amor pela docência.

Carrego cada conselho.

Além de uma saudade imensa.

De você...

De seu abraço...

De sua essência...

Estimada docente não me ensinastes a literatura canônica.

Ah! Bela mestra ensinastes a literatura de vida.

Aquela que só é transmitida pelas almas nobres.

E que poucos conseguem compreendê-la.

Vá bela jovem.

Desfruta da barca da glória.

Eu aqui seguirei saudando-te.

Com essa saudade infinita.

Glauciene Carvalho
Enviado por Glauciene Carvalho em 13/10/2020
Reeditado em 13/10/2020
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