PINTANDO DÚVIDAS

Não sei se é

Amor

Ou

Minha vida que pede

Socorro

Se eu imaginar

Seu rosto

Estarei criando

Uma imagem

Um rosto

Sem a emoção

Da melodia

Sem a ternura

Sem ter a neura

Da ternura que eu devia

No entanto

Imaginarei seu rosto

Sim

Mas sem saber quando

Em que desgosto

Me atrevo numa pintura

Com um traço

Acendo um riso

Com uma sombra escura

Dou te semblante indeciso

Na tela baça da distância

Há muita tinta cor-de-cinza

Te deu estranha aparência

Não posso dizer, é isto

poderia ser um Freud ou um Cristo

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 24/08/2020
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