DOCE MAGIA
Dói-lhe todo o interior
Até mesmo o andar
Que sacrifício.
É a saudade, poeta.
Posso percebê-la em seus olhos.
Como é ela?
Que cor tem?
Poeta, vê-la, não se pode.
É do amor, êxtase.
Em todos nós tem guarida.
Sentimos mas não a vemos.
Às vezes, é doce e suave.
Outras vezes, é perversa e má.
A tua é como a última.
De um amor dilacerado, nasceu.
Maltrata.
Faz pensar.
É um tormento que deve ser alijado.
Pobres dos que não a esgotam
Ficam escravos dela
Até que desvaneça.
Desperta não aceita rodeios
Deve exaurir-se por si
Após cumprir seu destino
Para um doce e suave renascer.
Então...
Finalmente, serás
O mais autêntico
Poeta da saudade.
Tácito