DOCE MAGIA

Dói-lhe todo o interior

Até mesmo o andar

Que sacrifício.

É a saudade, poeta.

Posso percebê-la em seus olhos.

Como é ela?

Que cor tem?

Poeta, vê-la, não se pode.

É do amor, êxtase.

Em todos nós tem guarida.

Sentimos mas não a vemos.

Às vezes, é doce e suave.

Outras vezes, é perversa e má.

A tua é como a última.

De um amor dilacerado, nasceu.

Maltrata.

Faz pensar.

É um tormento que deve ser alijado.

Pobres dos que não a esgotam

Ficam escravos dela

Até que desvaneça.

Desperta não aceita rodeios

Deve exaurir-se por si

Após cumprir seu destino

Para um doce e suave renascer.

Então...

Finalmente, serás

O mais autêntico

Poeta da saudade.

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 06/07/2020
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