A Contradição da Liberdade

Eu sou o mar que evapora,

Antes da condensação.

Eu sou o risco da espora,

Sou as unhas da paixão!

Não tente me definir,

Em frágil explicação...

Sou o medo do porvir,

O ponto de ebulição!

Mas você me alimenta,

Com tal firme devoção,

E assim me acorrenta

Em sua tão forte mão.

Prende-se um passarinho,

Só cortando-lhe o gibão.

E um pequeno espinho

Torna-se em um aguilhão.

Você sempre será meu ar,

Em que pese a contradição.

Não queira me interpretar,

Nos parcos limites da razão...

Eu não podia mais ficar...

Bem sabe, você, que não!

Pois, nasci para voar...

Liberto na imensidão.

Deixo pra ti a saudade,

Levo comigo emoção.

Você é a minha verdade!

Sou apenas um senão!

Mas, não me feche a porta

Nem troque a combinação.

Pois, tudo o que vai... volta!

Às vezes, ... na contramão.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 07/02/2020
Reeditado em 18/04/2023
Código do texto: T6860313
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