SAUDADES DO HORIZONTE
Deixo a grande metrópole
Poluída e neurastênica.
Quero ver o ar mais puro
Aliciando as dunas e marés.
As poeiras da cidade
Ofuscam o meu olhar.
Não vejo pássaros voejantes
Nem o céu iluminar.
Na cidade as belas flores
De tão tristes perdem sândalos.
Nos campos é diferente
Vejo alegria em cada flor.
À beira de belos lagos
Quero em sonhos ficar
Observando o reluzir dos campos
Onde a brisa vem pousar.
Quero rever vastas colinas
Distantes de apressados transeuntes
E findar este meu pranto
De saudades do horizonte.