Saudosamente, saudades de você!
Neste domingo de agosto;
a lembrar da importância dos pais;
eu queria sentir o abraço do meu;
que conosco já não vive mais.
(Inspiração vinda de uma trova, ora lida)
Eu creio que a tua separação de nós,
Causou profundas marcas em mim;
Uma delas foi esquecer todo o inglês aprendido...
No dia do teu velório, eu meio que andava
E não sentia que pisava... Estava em suspenso
Na dor surda, de te ver, ali, imóvel, naquele caixão...
Eu não chorei! Nem enquanto você estava no hospital,
Ferido pelo acidente em que você e a mãe se meteram...
Nem durante o velório, ou no culto espiritual: Eu estava seca!
Endurecida, dentro de mim, não chorei nem nos dias que se seguiram;
Dentro de mim uma casca dura se formou, com a tua partida...
Eu não chorava, não sorria; também não falava....
...
Você, sempre tão presente, com sua presença marcante;
Mandão, ensinando a todos, com seu jeito durão e bravo;
Mas tão cheio de proteção e carinho, a nos unir em ninho...
Mesmo tendo nós, voado do ninho que nos criantes,
Não nos deixou, a nenhum, dia nenhum de sua vida,
Que aqui doaste a nós, seus filhos, esposa, netos, irmandade...
Você era durão! Eu nem sabia que você tinha medo!
É... você não demonstrava medo! Mas sim uma força fora do comum...
Com seu jeito mandão e brigão, que nos conduzia a obedecer...
Trabalho e responsabilidade, traços marcantes da tua personalidade;
Nos seus medos ocultos, talvez até de você, você nos protegia
Das durezas cruéis da vida, mas não nos impedia de crescer...
Você foi nosso exemplo imperceptível; nosso porto seguro;
O lugar que sempre era bom estar, nas horas das provações;
Ali, na tua casa, tomando café com vocês, eu conseguia superar...
Ah! Pai, acredita que hoje, nesse dia meio que de triste melancolia,
Cheia de um sentimento de saudades e carinho, consigo verter
Algumas lágrimas, que tão dificilmente eu não consegui verter...
Te amo, pai! Sempre te amei, mesmo não entendendo muito você!
Mesmo sentindo raiva, algumas vezes, mas sua força sempre me inspirou a não desistir de lutar, de trabalhar, de enfrentar...
Você não foi perfeito... Será? Hoje vejo, diante das maldades
Que vejo os homens fazendo com crianças indefesas...
Vejo o quanto sua superproteção nos livrou e nos defendeu...
Vocês, sim, vocês dois; você pai, e você, mãe, foram
e sempre continuaram sendo, os nossos anjos guardiães;
que lutaram para nos dar, aqui, um lugar mais confortável,
e seguro, para viver! Ah, Deus, graças Te dou ó Pai Divino,
pelos pais que me deste a graça de ter!
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Roberto Carlos ... COMO E GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ
https://www.youtube.com/watch?v=HhtTkVbIISM
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