Segunda-feira, 22/7/2019
Saudades não envelhecem

Saudade eu sinto do sol ao meio dia,
Sob a sombra de uma jaqueira,
Quando a sesta eu fazia.
Saudade eu sinto das flores do cafezal,
Dos perus e das galinhas,
Ao derredor do quintal.
Saudades eu sinto do cajueiro frondoso,
No qual cantavam as cigarras,
E do seu fruto gostoso.
Saudade eu também sinto do campo,
Com suas flores silvestres,
Das manhãs de gramas orvalhadas,
Da névoa que subia sobre a mata,
Do sol que surgia cor de prata,
Dos cavalos que corriam no curral.
Sinto saudades do namorico escondido,
Dos cochichos ao pé do ouvido,
Das meninadas fagueiras,
Sinto saudades das conversas na cacimba,
Dos meninos e das meninas,
Que alegravam o entardecer,
Já que o tempo não volta,
E eu não sinto revolta,
Busco nas reminiscências rever. 

Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 22/7/2019 às 18h58 

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