UMA HOMEM VESTIDO DE SOL
I
Quão triste estou neste infortúnio quarto;
Lágrimas em forma de chuva;
Em pingos salgados;
Mergulhados no meu triste até logo!
II
Um lamento de dor me envolve;
Estou em frete do espelho d'alma;
Olhos cerrados, corpo fatigado...
Minh'alma pensa na tarde;
Na partida, perco-me nos labirintos, é fato!
III
Hoje o dia em sol;
O pranto ainda me cobre;
Como um manto de consolo;
Pela despedida que lamento.
IV
Ah! os dias passam com os pássaros a vagar;
Sou o livre pássaro no céu a voar;
Livre, estou a voar...
Com o vácuo das nuvens;
Todos meus dias não serão os mesmos;
Então eu oro para Allah;
E agradeço por mais um dia;
Um meio-dia;
Um todo dia;
À noite estou só...
V
Ir-me para algum lugar, poderia...
Imagino como seria...
Um jardim com flores;
Petaías formando nuvens;
Perfumando o céu ao luar;
Nas cores desenhadas
Transformando teu nome:
"Lúcia, eterno lembrar.."
VI
Agora é chegada a hora;
De deitar-me e repousar;
Sonhar! Lembrar! Recordar!
Com olhos fechado;
Para depois me acordar.