Eu Toda Morri
Ecoa pelas minhas entranhas o choro da saudade que sinto de ti. Grita em meu íntimo a vontade de ouvir a tua voz, aquela voz que percorria todo o meu ser e me tirava de qualquer abismo que eu estivesse. Verve em mim a esperança de um dia ainda te encontrar. As vezes, me perco na eternidade das horas, largada nas lembranças daqueles doces momentos em que contigo eu ia ao paraíso, em nossas viagens e devaneios. As vezes meu olhar se perde no vácuo, enquanto viajo até o teu abraço e me agasalho em teu peito acolhedor, naquela sua rede na varanda, sob a luz do luar. Mas nesse momento, sou um lugar solitário, deserto dos teus carinhos e cuidados a espera,
Da tua presença como um jardim triste, cujas flores perderam suas cores e o seu vigor. Como uma árvore frondosa que vergou os seus galhos como pêndulos tristes pelo fim do nosso amor. Dentro de mim, tudo é saudade é dor da tua ausência, é manancial de lágrimas. Há um um imensuravel vazio em meu cerne e pelas orlas do meu interior, murcharam-se as relvas que orvalhadas, abrigavam nossos corpos aquecidos pelo nosso amor. Em mim, não ha lugar para mais ninguém, todo o meu ser foi feito sobre medida para te abrigar. E ainda que demore uma eternidade, eu me guardarei só para ti, mesmo porque quero passar a eternidade inteira ao teu lado amor da minha vida. Sem ti, não ha vida em mim. Eu toda morri
Kainha Brito
Direitos Autorais
Preservados