ANDARILHO DA RUA SETE

Tu não sabes falar da espera;

Do tempo que não retorna;

Do universo que pode até dizer: Adeus!

Vives o hoje;

No acalando do ontem.

Como se fora um dia;

Um amanhã talvez por dizer: Até breve!

Onde estás infante?

Caminhas em círculo ou vais ou vens, hein?

Ah! Que das lembranças não recordo-me, diz-me?

Não mostraras tuas fotografias nas páginas?

Tua fotografia, hum!

Álbum de retrato em branco e preto;

Passado, presente não tão distante;

Um tardinha lúdica, porém, bucólica;

Mostra tua história que ainda não terminada

Em rimas, prosa, és glosa...