PEDRA
PEDRA
Carlos Silva.
Você queria o que de mim, que me rastejasse aos teus pés e implorasse teu olhar de amor ou de gratidão por ter te levado comigo por tanto tempo por onde andei?
Voltei aos teus braços, na esperança do sonhado afago.
Todavia, cuspira-me na cara expressando teu repúdio a me dizer: Não sou tua, jamais fui e nunca seria.
É você. Sim é você que me tem esse seu querer idiota que só satisfaz o teu ego tolo, na insistência em me procurar.
Vê-de? Nao há, e nem nunca houve espaço para ti em mim.
Por que insistes, Por que voltas, por que me procuras se tens a exatidão da certeza de que eu nunca te quis?
Quando dar-me-a de vez as Costas e batiràs em retirada para nunca mais voltar?
Vá, e leve consigo este teu tolo sentimento por mim que de nada me serve.
A tua falta? Creia: Nao! Ela nunca me fez falta, e pouca importância dei, pelas vezes que se fora, prometendo retornar.
Até pensei que as tuas despedidas eram para sempre, ou darias um até nunca mais.
Infelizmente, tu sempre souberas o caminho de volta.
Ao pensar que me alegravas, muito mais me entristecia.
Agora, sem prantos nem soluços eu te peço, para o nosso próprio bem: Vai-te. Não olhes para trás, e nunca mais volte a me procurar
nunca mais, pois há tempos, apaguei de mim, as memórias tuas.