SOLIDÃO

Este poema será musicado pelo cantor paraibano Aracilio Araújo.

Quando canto o meu canto é de saudade

Minha musa distante me apavora

Na colina, entre lagos, ela mora

E não vê a cruel ansiedade

Que em soluço meu coração invade...

Desprovido de asas choro tanto

Já formou-se um rio do meu pranto

Onde nada a dor da solidão

E na margem pranteia a ilusão

De não ter ao meu lado o seu encanto

Nem a chuva com os seus pingos de prata

Ameniza essa dor que em mim permeia

Nem o olhar da morena da aldeia

Diminui a saudade que maltrata

Meu amor, por favor não seja ingrata,

Tire a dor do meu peito desvalido...

O meu dia, outrora colorido,

Hoje é triste, sem vida e nublado

O meu peito a bater descompassado

Quer de volta o amor que anda perdido