Como um vício
Fiquei a noite inteira acordado
Esperando o telefone tocar
Com o coração amarrado
Contava as horas
no braseiro do cigarro
Um atrás do outro
Esperando te no acaso
Estava afoito
Com o olhar apreensivo
Andando de um lado pro outro
As vezes formando um ciclo
Ali da sacada
podia ver os carros rasgando
o silêncio da madrugada
E eu aqui com o peito
em disparada
Velando a noite
saboreando a madrugada
E o telefone nem tocava...
Tentei me livra de ti
Tentei me embriagar
Pra esse apego sumir
Porém a necessidade
de ouvir sua voz
É como um vício
Que não me livro
Infelizmente
Alô... Oi... Boa noite
Como está você?
Oque tem feito?
Como foi seu dia?
Só precisava ouvir seu riso
Oque é isso menino?!
Te mando um beijo...
Vamos se vê?
Amo você!
Más nada feito
O tempo queima
no braseiro do cigarro
E eu da varanda
Jogando cinzas
Sobre os carros
Não sei você
Mais não te esqueço
Nem um segundo
Mesmo que finja
que não faço parte
de seu mundo
Não faz assim
Para de jogar sujo
Fala pra mim
Oque ta de verdade
acontecendo conosco
Se realmente nosso
Romance chegou ao fim?
Gostaria que fosse fácil
te tira do meu pensamento
Porém tu tá cravada
Dentro de meu peito
Como um vício
que me fascina
Sem sua voz
o mundo é vazio e frio
O telefone não toca
e segue a noite
com esse tormento
Até quando me pergunto
Vamos viver esse dilema?
Eu daqui da varanda
Bebendo com a solidão
Jogando farelo aos carros
Enquanto do seu lado
Reemoe lembranças
e se afoga em magoas
Me liga e vamos conversar
E resolver nosso problema
Se não dá mais me diga
Que seguimos com a vida
Se não, vem pra mim
Que tenho necessidade de você
É só dizer, que eu atravesso a linha
E chego rapidinho no seu DDD.
Por Alexandre Samambaia