Sinto tantas saudades de ti
Das horas esquecidas, vadias
Em que eu vitimava o tempo em teus braços
Em ternos abraços, sem tédio, melancolias
ou cansaços do dia à dia.
Eram horas de entregas inocentes
Os nossos risos enfestavam o ar...
Na vitrola : Chico, Elis , Gonzaguinha...
Ah saudade mesquinha.
Quanta lembrança.
Quanta memória
Para quê meu Deus, tanta memória?
Quem me dera a letargia
do esquecimento,
de não saber o que foi.
De não imaginar
no que poderia ter sido...
Hoje minhas tardes são tão imensas
As brisas mornas,
insossas .
Folhas caem
Outono sem cor
Sorrisos sem viço
E em tudo
a tua presença,
intensa
que não sai de mim.
Não sai...
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