AIMORÉS - FUGA
AIMORÉS
À Memória de minha querida avó MARIA BRUM
(Dona Cotinha)
F U G A
Ano cinquenta e oito! – Na Estação,
O trem para. Faz convite. O destino
É Vitória! Naquele instante de emoção,
A criança é adulta e obedece ao tino!
Soltando fumaça, o enfurecido dragão,
Parece saber que, o franzino menino
Deixa a Cidade, a qual, pela condição,
Não reconhece valor. O apito, um hino!
Sem volta, os inquietos e vadios pés
Na fuga, deram-lhe, em outros lugares,
A gloria conseguida pelas esperanças!
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Hoje, ao lembrar as ruas, as vizinhanças,
- Confundindo alegrias e demais pesares -,
Sofro porque não voltei, minha Aimorés!
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Solano Brum