AIMORÉS - FUGA

AIMORÉS

À Memória de minha querida avó MARIA BRUM

(Dona Cotinha)

F U G A

Ano cinquenta e oito! – Na Estação,

O trem para. Faz convite. O destino

É Vitória! Naquele instante de emoção,

A criança é adulta e obedece ao tino!

Soltando fumaça, o enfurecido dragão,

Parece saber que, o franzino menino

Deixa a Cidade, a qual, pela condição,

Não reconhece valor. O apito, um hino!

Sem volta, os inquietos e vadios pés

Na fuga, deram-lhe, em outros lugares,

A gloria conseguida pelas esperanças!

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Hoje, ao lembrar as ruas, as vizinhanças,

- Confundindo alegrias e demais pesares -,

Sofro porque não voltei, minha Aimorés!

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Solano Brum

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 14/04/2016
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