Tempo de Andorinhas
Que saudade do tempo de praias.
Do fundo em brisa,
Andorinha a passar.
Que falta da pesca,
do padre,
da terra.
Que em noites deveras
Me vira acordar...
Como quero nas águas caiçaras,
Bem eu quero me banhar,
E no vai e vem das proas,
Meu passado memorar.
Tirar estas roupas,
Vestir-me em solar,
Nestas ondas de sonhos,
Enfim mergulhar .
Rever na Matriz os velhos da infância
E do ninho que vim,
Encenar a criança...
Que falta da brisa,
da chuva,
da relva,
do vento,
do bonde,
Andorinha a passar...
Me tragas o tempo,
De encontro
O abraço,
Que solto em meu laço,
Se via lassar...
Que falta da pesca,
do padre,
da terra,
Que em noites deveras
Me vira acordar...