Que Saudades
Saudades da poesia de Drummond
Saudades de Dona Cora (a Aninha), da queridíssima Lispector, da portuguesa Flor, do Quintana, do Vinícius.
Do genialíssimo louco Pessoa, com suas várias faces, do grandiosíssimo Camões,
Saudades de tantos, do Machado, com seu Casmurro e a Helena,
Dos irmãos Esaú e Jacó, da Iracema com seu Martin, das Areias do Tempo,
E O Legado, que nunca mais encontrei? De quem será, que nem sei?
Saudades de tanta gente que conheci ao longo do caminho,
Saudades do inteligentíssimo trio grego de questionadores,
E de todos os outros que vieram depois deles...
Saudades de Mendel, de Newton, de Tales e Pitágoras, das equações monstruosas,
O que dizer do Caso do Vestido! Que falta me faz...
Os adolescentes do Marco Rei a muito me fazem falta também.
Ainda sinto a ausência daquele delicioso Banquete, com suas várias faces do amor.
Ai meu belíssimo herói (com faceta de anti herói) Bonaparte, que saudades de oce!
Saudades do covarde, mas bem assessorado, Dom Pedro I,
Dos reis e seus reinos que os espanhóis, portugueses, holandeses,
Franceses e ingleses destruíram, na descarada desculpa de ‘EUREKA’,
De Esparta, Atenas, Corinto, suas guerras e seus intelectos:
O equilíbrio perfeito de um povo que influenciou toda uma parte da Terra.
Da aurora ao entardecer os velhos Roma e Egito, muito me fascinaram: saudades.
O que dizer dos Medos, dos Persas, dos Babilônicos, dos Assírios (impiedosos),
Ou mesmo dos Sumérios (início da História da Humanidade)?
E a revolução da bela França? Ou mesmo as Revoluções Industriais e a recente Digital?
Quanta falta me faz revisita-las!
Tantos rostos a História me apresentou... De todos sinto falta mais ainda...
Aquela bela mocinha, a Moreninha e seu Augusto, que falta fazem ainda hoje,
Com sua bela trama do camafeu!
Até mesmo o Durkheim, o Comte e o Weber me fazem falta.
O que direi então do Freud, do Saussure com suas teorias.
Sinto saudades até mesmo de saber o valor do dólar, da crítica politica...
Quantos ainda eu gostaria de conhecer!
Sobre quantos gostaria de gastar papel e caneta...
Nesse coorporativo agitado que me enfiei hoje,
Onde informação que não leve a meta é apenas superficial,
Pouco tempo tenho para matar as saudades...
Gostava de quando lidava diretamente com eles,
Eles e tantos outros.
Que Saudades!
22/04/2015