Tu que me convinhas

Terna saudade

Imensa vontade

Reter nas linhas do tempo

Tu

Tu que chegastes

Fostes

Permanecestes

Num recôndito remissivo

Num eterno abraço

Preso às dobras do coração

Na poeira dos olhos

Num olhar meio aflito

No cantinho do sorriso

Perdido na covinha

Tu que me convinhas

Voltar

Se voltares serei tua

Se não voltares

Já sou

Do vento

Do abrigo

Do beijo

Do enlevo

Da frase perdida

Entre os lábios

Consentida

Olhares mornos

Sorrisos frescos

Tu

Que deixastes

Saudades

Vontades

Incorruptíveis

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 27/03/2015
Código do texto: T5185400
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