A Procura
Algumas vezes apareço, por inteiro,
outras vezes desapareço, sumido,
entre as nuvens que mastigam a luz.
Umas vezes me afogo no travesseiro,
sem dar nenhuma chance ao sorriso,
a esquecer-me dos versos que compus.
Abro os olhos, encharcando o terreiro,
procurando, feito agulha num palheiro,
tua imagem que ao meu coração seduz.
No ocaso os meus olhos são vermelhos,
E logo chega um anoitecer, tão velho!
E te encontro onde o sonho eu já depus.
Julho/2014