Saudades

Se pudéssemos,

Reviver os fatos,

Nos acréscimos,

Dos nossos fardos.

Compensariam as dores,

Já que a ausência sentida,

Cria abismos de dissabores,

Com uma esperança doentia.

Viveríamos sem a imagem,

Do último sorriso em vida,

Que, apagando em miragem,

Faz duvidar ter sido algum dia.

A mãe que não embala mais,

Restando o vazio do colo ausente,

Na fala da voz que não ouvirás,

A memória resiste em nossa mente.

E buscamos em nossos queridos,

Prestar atenção aos detalhes,

Aproveitando o instante vivido,

Prevendo um futuro desastre.

Escolhemos avatares,

Que irão representar,

A emoção dos pesares,

E assim nos acalentar.

A lágrima não será reprimida,

Já que transborda uma verdade,

Que não mais será reprimida,

Quando vivenciarmos a saudade.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 19/03/2014
Código do texto: T4735837
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