PESAR
 
Esta minha saudade infinda
Nauta de águas frias, escuras,
São cálices de verdade, único,
Pois não deixei de te amar ainda,
Procuro-te, pesadelos, amargura.
Não ousarei vigiar meus olhos,
Pois o sentimento é puro, não finda...
Esta verdade que predigo
Espelha no rosto, nos olhos,
Expondo inda meus sonhos,
Desejos que compartilho ainda.
Esta tua partida sem sentido
Foi o fel, o gosto agro, o fim.
Caiu o céu, o chão se desfez,
Deixando um coração partido.
Não esquecerei teus olhos,
Teu sorriso solto nos sonhos,
Teu cheiro que imerge o quarto,
Quando dou conta de minhas roupas,
Jogadas, sozinhas...
Que saudade é essa
Que não sai dos sonhos,
Escorre em lágrimas,
Lateja no peito com pressa,
Não desfaz as aflições,
Eleva-me aos anjos,
Mas não te encontro.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 13/10/2013
Código do texto: T4524058
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