A gente não mais vê

Ah, eu e você coisa que a gente não mais vê

Encontro sem atrito, flauta doce sem sopro

Longos sussurros ofegantes cheios de eco

Cheios de ecos de saudade viva e impaciente

Ah, eu e você coisa que a gente não mais vê

Línguas que aprendemos desde a infância

Hoje soam para nós sem sentido

É triste, mas caíram em desuso

Por tão pouco trocamos o quase todo

Ah, eu e você coisa que a gente não mais vê

Emoções que repartimos com o mundo

Eu a espiar seus passinhos quase mudos

O gosto do sal do mar em mim quis eternizar

As carícias piegas que nos ofertamos

Como um batismo de amor em pleno mar

Ah, eu e você coisa que a gente não mais vê

Aquele cheirinho bom, tardes sem tempo e água de coco

A sombra dos seus cabelos arrepiando meus pelos

Pobres dedos meus que hoje não mais te tocam

Eu era um "mi" grave e você meu doce "sol" mais agudo

Ah, eu e você coisa que a gente não mais vê.

Du amor
Enviado por Du amor em 24/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3742109
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