LEMBRANÇAS

Venho, enfim, dar o braço a torcer

E torcer muito pela sua presença

Não só instante em minha cabeça

Mas pela saudade que admito ter.

É-me forte a presença da ausência

(braço torcido e de mim amputado)

Que no ar já ronda a sua essência

E nos brônquios perfaz o passado.

Dias de céus com vermelhas cores

Ruborizam as faces co’a lembrança

De que há céus nas minhas dores

Há nuvens de temporal na aliança

Que chovem e molham os amores

De agora ao meu tempo de criança.

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 12/12/2011
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