LEMBRANÇAS
Venho, enfim, dar o braço a torcer
E torcer muito pela sua presença
Não só instante em minha cabeça
Mas pela saudade que admito ter.
É-me forte a presença da ausência
(braço torcido e de mim amputado)
Que no ar já ronda a sua essência
E nos brônquios perfaz o passado.
Dias de céus com vermelhas cores
Ruborizam as faces co’a lembrança
De que há céus nas minhas dores
Há nuvens de temporal na aliança
Que chovem e molham os amores
De agora ao meu tempo de criança.