Díspares
Há nos teus lábios um diferente tom...
É música celestial – ironia que tombou no túmulo...
Lembra guirlandas... e teus sorrisos,
Invólucros de erma solitude, a traição.
O pensamento? – Um canto de saudade.
Chega o anoitecer como um sultão cansado...
Aos píncaros, adormecidos astros
Repetem dolentes e maviosos risos de mim.
Vivo de cinzas. Pássaro que não renasce,
As minhas ilusões são raízes soltas,
Legião de névoas, sons emudecidos,
Harpa virgem brandindo mil delírios.
Odalisca... - Eu, noctâmbula da Dor e da Saudade!
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2011 – 5h03