SUSPIRANDO SAUDADES
Suspiro saudades na noite hibernal,
Quando o brado do vento assopra o quintal.
Na gélida noite a alma tece sonhos,
Enquanto nos cântaros choram flores tristonhas!
Pensares nostálgicos que faz vicejar
Em níveos olhares, doçura invulgar!
Aquietam as falenas os seus vôos mansamente,
No acalanto e no mimo dos ninhos calientes.
No compasso do tempo as estrelas fugazes,
Faíscam seus brilhos enfeitando os luares!
O amor acontece pleno em diademas,
Indiferente às intempéries, perpetuando o tema.
As ondas do vento gélido na madrugada vazia
Contrasta com o acolhimento, mudando a geografia.