Casa da infância
Casa da infância
Um pequeno móvel de canto sem roda,
Um pequenino travesseiro que chora,
Abandono de algumas saudades,
Flores atiradas em baldes,
Paredes descascadas involuntárias e sujas,
Exprimem-se no espaço em falas mudas,
Enrolados tapetes empoeirados,
Desfazem-se os rodapés pregados,
Quantos degraus usados e hoje abandonados,
Vão-se os tombos e machucados,
Lembranças corrida e querida,
A infância tão distante ida,
A essência permanece em riste,
Deixando em versos a memória de um artista.
Eduardo Gragnani 2008