Vista do corcovado - Rio
AS FLORES QUE EU COLHI
Aquele céu estrelado
Que há muito cintilava,
Hoje nublado e escuro
Em nada se comparava,
Em claridade e beleza,
Falo com toda pureza
A vida se completava.
À tardinha contemplava
Os pássaros a passar,
Em bandos procuravam
Onde pudessem pousar,
Para o descanso do dia,
Algazarra e harmonia
Na hora do pernoitar.
Sinto saudade ao falar
O tempo não volta mais,
Há resquícios na lembrança,
No peito suspiros e ais,
Vou vivendo o presente,
Do futuro eu sou crente
Para o passado jamais.
Logo percebo os sinais,
Olho a lua cor de prata,
Os olhos marejam o brilho,
Corrigir a minha errata,
No livro que eu escrevo,
Todo dia eu antevejo
Sinais da vida pacata.
Rio, 20/02/2011
Feitosa dos Santos