Quero estar além do Tejo

Mas me desdobra a alma

e varre-me com a força

dessa mesma correnteza

e lá me vejo.


Eis que meus dias plácidos

são raros cá, donde me fendo

me reparto e volto aos campos

verdejantes d'outros tempos


A boemia que habita em mim

Traz-me saudade e como fado

Arde em mim a nostalgia.


Vagueia sempre esta alma

Minha desvairada companheira

nestes arrebóis, qual galhardete

a tremular naqueles ventos


Vai até Aveiro e à Coimbra

Em romaria, como se lá fosse

Sua morada e noutras almas

Acha alegres companhias.


Cristhina Rangel.



Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 13/02/2011
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