Idos de Atheneu
Aos Amigos:Raquel e Jônata
Ao estreitá-lo num inusitado abraço
Deixamos que a estrada que fizemos parte
Fosse inundada pelo choro.
Com nossos olhos marejados pelas lágrimas
Seguimos rotas opostas.
Com muitas idéias para criar e outras para substituir...
Que ventura a vida reservará
A estes colegiais cheios de sonhos?
Idos tempos de Atheneu:
A debruçar-se aos livros até a exaustão
A leitura refugiada do autor de nossa predileção
O discurso eloqüente da tua sapiência
As conversas excêntrica aos ouvidos alheios
O desdém dos jovens imbecilizados pela idade
Eis uma fagulha de gelo do iceberg dos episódios vivenciados
Apertando o nosso laço perfeitamente fraternal.
Ao ponto de reconhecer a réstia que há em mim
Na penumbra quando desencadeia um aceno de adeus.
A memória do alvorecer da nossa existência
Não merece este olhar carregado de dor
Deixe que a saudosista recordação
Suavize este momento, torne-o plácido e sereno
Como são todas as auroras!
Tua lembrança ser-me-ás de meu eterno condiscípulo
Até que eu cá permaneça nesta escola da vida
Ciente que lições a duras penas, ainda serão aprendidas...