Idos de Atheneu

Aos Amigos:Raquel e Jônata

Ao estreitá-lo num inusitado abraço

Deixamos que a estrada que fizemos parte

Fosse inundada pelo choro.

Com nossos olhos marejados pelas lágrimas

Seguimos rotas opostas.

Com muitas idéias para criar e outras para substituir...

Que ventura a vida reservará

A estes colegiais cheios de sonhos?

Idos tempos de Atheneu:

A debruçar-se aos livros até a exaustão

A leitura refugiada do autor de nossa predileção

O discurso eloqüente da tua sapiência

As conversas excêntrica aos ouvidos alheios

O desdém dos jovens imbecilizados pela idade

Eis uma fagulha de gelo do iceberg dos episódios vivenciados

Apertando o nosso laço perfeitamente fraternal.

Ao ponto de reconhecer a réstia que há em mim

Na penumbra quando desencadeia um aceno de adeus.

A memória do alvorecer da nossa existência

Não merece este olhar carregado de dor

Deixe que a saudosista recordação

Suavize este momento, torne-o plácido e sereno

Como são todas as auroras!

Tua lembrança ser-me-ás de meu eterno condiscípulo

Até que eu cá permaneça nesta escola da vida

Ciente que lições a duras penas, ainda serão aprendidas...

Rafaela Barreto
Enviado por Rafaela Barreto em 13/01/2011
Código do texto: T2726125