APELO À LEMBRANÇA
Ah, lembrança, foge de mim,
não me persigas...
Deixa-me viver sem estar sempre
contigo ao lado.
Deixa-me caminhar o meu caminho
vazio e só,
sem que te intrometas no meu desalento!
Ah, lembrança, me esqueça,
que eu de ti também esquecerei...
Não me esperes sorrateiramente
e não me assustes
quando apareceres...
Se de mim não puderes te afastar,
ao menos chegues, mansamente,
devagar,
e te aposses, serena, do meu coração...
Mas não assim, com essa avidez
de me tomar inteira, bruscamente,
com imagens que parecem tão reais
e tão distantes da realidade...
Ah, lembrança, não te transformes tanto,
a ponto de virares só saudade!
Ah, lembrança, foge de mim,
não me persigas...
Deixa-me viver sem estar sempre
contigo ao lado.
Deixa-me caminhar o meu caminho
vazio e só,
sem que te intrometas no meu desalento!
Ah, lembrança, me esqueça,
que eu de ti também esquecerei...
Não me esperes sorrateiramente
e não me assustes
quando apareceres...
Se de mim não puderes te afastar,
ao menos chegues, mansamente,
devagar,
e te aposses, serena, do meu coração...
Mas não assim, com essa avidez
de me tomar inteira, bruscamente,
com imagens que parecem tão reais
e tão distantes da realidade...
Ah, lembrança, não te transformes tanto,
a ponto de virares só saudade!