CULTIVANDO SONHOS

Às vezes lamento ser sentimental
e em tudo ver além do que os outros vêem.
E sentir intensamente cada emoção
e vibrar a cada canto,
seja ele doce como o néctar das flores
ou amargo com o fel das dores
dessa vida...

Como o tinir de taças de cristal,
brindo o sentimento e em devaneios tantos
minha alma viaja, transcendente,
percorrendo mundos,
atravessando mares
ou, livremente, pondo-se a voar.

Entre o imaginário e a realidade,
interpõe-se minha poesia,
que suga o néctar e expele o fel.

Às vezes lamento esse meu jeito infante
de acreditar em fadas, magos e duendes
e, com eles, de mãos dadas pelos bosques,
penetrar num universo de magia...

... E a poesia - esse estado de enlevo -
toma a forma das minhas fantasias
num romantismo real
de alguém que sonha.

Secretamente,
em meu jardim de encantos,
onde a terra é fértil, é fecunda,
desdobram-se e viçam as flores
que eu planto,
na plenitude de todo amor que vivo.

E se, algum dia, alguém nele penetrar
há de notar que em cada canto existe
pedaços de cada sonho
que cultivo...
Leuri Lyra
Enviado por Leuri Lyra em 09/07/2010
Reeditado em 06/09/2010
Código do texto: T2367575
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.