A saudade e os aromas.
A noite cai... Chove,
O silêncio é quebrado,
Por ruídos de pneus,
Pelos pingos que batem na janela
E o som das teclas do PC.
Sinto saudades da Rafinha,
dos meus filhos que estão distante
Sinto falta da Bibizinha
Que hoje esta com seu pai:
São situações que a vida impõe.
Acabei de passar um cafézinho
O aroma gostoso, se espalha pela casa.
Que perfume!Que Delícia!
Cheirinho de infância.
Bateu saudades de minha vovó
Do seu jeitinho, dos seus doces,
Dos caldinhos bem quentinhos
Na caneca branca esmaltada.
Saudades de seu coque que
Desfazia-se numa comprida trança
Que com seus dedos ágeis ela
Desmanchava lentamente
Enquanto contava suas histórias.
E sentávamos aos pés de sua cama
Atenta nos deliciávamos neste ritual
De todas as noites...
Doces momentos,
Gestos simples com o qual
Sentíamos-nos acarinhados
Que eu seja doce como minha avó Flora
Saudades... Doces saudades.