207 _ Alma vazia

Noites frias, noites vazias.

Minha alma não lembra mais,

Por onde se perdeu.

No silencio do breu da noite.

Ao triste caminho sem rumo,

Ando devagar, sem pressa, sem parar.

Escondo então o meu segredo.

A revolta me seda a razão.

O que faço não é mais poesia.

É um grito da alma vazia.

Que canto de cor,

Como o sol que vem e vai,

Aqui em meus versos.

Nas rimas de minhas saudades,

Que teima morar em meu peito,

As feridas abertas ainda latejam,

Com as marcas de um amor que o tempo não apagou.

Ainda hoje feito amarras prendem,

Feito sonhos e fantasias, mas tudo foi em vão

Pois, enfeitei minhas noites com as flores da solidão.

Kátia Pérola _ (Arquivos)

Kátia Claudino Caetano Pereira