LABIRINTO DE SAUDADES
Tempos idos encantados,
Onde os sonhos vicejavam...
Entre amores redivivos
Minha alma se exaltava!
Nas auroras cor de rosa,
As primícias dos amores...
No luar que fulgurava,
Os olhares se encontravam!
Belas tardes de domingo!
Meu sorriso de menino
- liberto, abrindo asas -,
Devastando o infinito!
Hoje, nostálgico me encontro
Tendo os olhos marejados
Na penumbra do meu quarto
Em labirinto de saudades!
As estrelas não fulguram
O esplendor de outrora
Em que amores sublimados
Flutuavam pelo prado!
Os meus cabelos grisalhos
E meus olhos entre lágrimas
Refletem ostensivos laivos
Da nostalgia incrustada.
Caleidoscópio fragmentado
Em tristes noites hibernais,
Mas minha lágrima que é pura,
Brilha à luz do teu olhar!