ABISMOS E ESPERANÇAS

Quando partires, querida,

As estrelas, os luares...

Nada irá me seduzir.

O meu olhar sempre em trevas

Não viverá os donaires

Da natureza festiva,

Dos multicores jardins!

Serei um astro cadente

Em abissais desconexos.

Um meteoro em declive

Cortando os ares em baila,

Sôfrego na amplidão,

Entre suspiros sentidos,

Em dédalos de hiatos tristes!

Mas ao voltares, querida,

Com renovados valores,

Escreverei o teu nome

Em coroa de jasmins

E no barco da esperança

Em águas claras, serenas,

Navegará nosso amor!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 14/02/2009
Código do texto: T1438618
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