Ao te conhecer, Ao te perder...

Ao te conhecer, Ao te perder...

Celso Gabriel de Toledo e Silva – Cegatosi

Poeta de Luz – Arquiteto de Almas

Concebida em: 07/abril/2008

Quantas, quantas vezes me deixei trair pelos meus pensamentos,

Quando me dava à conta do que imaginava, já era tarde,

Não havia mais como alterar, e a pergunta ficava a me questionar:

Como alguém que busca amar e ser amado, o que será de mim amanhã?

A resposta sempre era a mesma... Um vazio sem horizonte,

Vivia na solidão, confesso perdido no abandono,

Esperando pela chance da almejada felicidade,

Independentemente fosse pela proximidade ou da longitude;

Por insistência da vida, que em mim habita, nunca desisti,

E foi como quase uma “benção” que recebi um presente,

Ao som de pássaros numa tarde de sábado o teu sorriso sincero,

Ofertei um abraço espontâneo, recíproco que tocou n´alma;

Horas de uma conversa quase sobre tudo e sem pressa,

Cada qual querendo conhecer o outro, identificações,

Desejos escondidos nos olhares, revelados nas palavras,

Mãos impacientes querendo sentir na pele;

Aceitações, verdades para uma mesma permissão,

Atitude! Um jantar, um convite, o aceite...

Olhos que brilhavam em reciprocidade, em plena paz,

Sonhos que ganharam a oportunidade da realidade;

Assim o tempo cumpriu o seu papel, nos aproximar...

Uniu dois corações solitários numa mesma sensação,

Mostrou o mesmo caminhar, ofertou antes de tudo respeito,

Renascer no corpo o prazer do sentimento gostar;

Porém tudo neste viver possui um período temporal,

Transparência entre as partes não foi homogênea,

Parte abdicou do real para realmente amar,

Parte permaneceu em medo e preferiu se enganar;

No fim o que restou foram “cacos” do cristal,

A espera da explicação, da coragem que não houve,

A vida não espera, nem tão pouco entende, apenas deixa dores,

Ficará a marca pela cura que com o passar trará a cicatriz;

Lembranças prevalecerão de tempo em tempo na mente,

O cérebro não apaga o que se viveu, faz apenas por esconder,

A saudade é autoritária, não admiti receber ordens,

O que me restará será novamente a mesma pergunta;

Como alguém que busca amar e ser amado, o que será de mim amanhã?

Não havia mais como alterar, e a pergunta ficava a me questionar,

Quando me dava à conta do que imaginava já era tarde,

Quantas, quantas vezes me deixei trair pelos meus pensamentos...

CeGaToSí
Enviado por CeGaToSí em 21/10/2008
Código do texto: T1241076
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