TERNO

Morro e vivo todos os dias

Nessa terra nua

Batizada com água

No meio do enxofre

Pelo amargor doce da ferida

Que lacrimeja como um rio

Nas ondas dum mar salgado

Que afoga mágoas e ressentimentos vividos

Nessa ilha chamada d'EU

Que cura-se em nome de D'us

Por ser meu ser a viola enluarada

Da minha comungada

Como novo vestir de paz.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 28/09/2022
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