Quietude
Quietude
Quando a PAZ se desvencilhar do pélago profundo da alma
E da turbamulta soltar um grito aflito
Quebrando hodiernas correntes das mentes cansadas,
Torturadas pelo exaustivo exercício da mera existência;
E quando você, na penumbra do seu notívago recolhimento,
Ou do silêncio inventado,
Por entre lágrimas ocultas nas comissuras, medos contidos, angústias não reveladas,
Ouvi-la, à sorrelfa, lhe pedir asilo,
Acolha-a sem hesitar;
Ponha-a no colo, acalente-a;
Faça juras de amor se preciso for,
Mas não a deixe escapar;
Pois a vida urge em capturá-la
Para aprisioná-la de volta no calabouço do esquecimento.
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
Outubro/2017