Birdcage

Depois que todos os sóis

de cada instante, entre

eus não derradeiros

nascer mais uma vez

no leste; cantarolai

folhas de som, raios

sem ultravioleta, aos pés

de quem te fez feliz

e mais feliz o mundo

todo há-de sorrir, só rir,

contudo, se houver paz

chovendo ao invés

de chumbo explosivo

nas plantações e arrozais,

feijão manteiga sem

toucinho, posto à

mesa, enquanto ela

mansamente, desembaraça

seus cabelos e os faz

liames de esperança,

mais necessária do que

nunca, tão preciosa

quanto a ação buquê,

alfobre, orquídea em tronco

da mais frutífera de

todas as árvores

sem precisar muitas

raízes, a aprofundar

razões inúteis para

haver paz no sol nascente.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 05/08/2016
Código do texto: T5719365
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