Quem Somos Nós Para Julgarmos?
Se somos seres falíveis,
e temos falhas visíveis,
como exigir seja o outro perfeito,
se ignoramos as dores que ele traz no peito?
Fácil é julgar de outrem uma atitude,
se não tivermos n’alma aquela beatitude
que lê o que se oculta no íntimo
daquele que sofre, mas se cala...
Não julguemos, pois, o outro
em sua diária trajetória,
porquanto, se refletirmos um pouco,
veremos que seus tropeços
não diferem muito dos nossos...
Em vez de a vida de outrem comentar,
deveríamos, antes, da nossa cuidar.
E, quando chegar a hora da partida,
iremos, de alma engrandecida,
perfumar o caminho da eterna vida...
Novembro/2012