Horizonte liberto
A tarde traz fulgores de uma poesia ébria
Em faiscantes mimos.
Os passarinhos gorjeiam entre penumbras
Num ritual de cândida magia!
Pela fresta da janela entreaberta,
Vislumbro o sol da liberdade
Num horizonte longínquo
Onde perpetuam os momentos findos.
Purifico o meu pensar nostálgico
Nesta hora de plena harmonia
Da minha alma liberta
Com o esplendor da poesia!
Renasço a cada momento
Incólume ao passado,
Nem os meus cabelos brancos
Retratam difusas mágoas.
Os sonhos fragmentados
Já não invadem minha alma
E meus olhos são desertos
Por não possuírem mais lágrimas.