A SINGELEZA DA VIDA

A SINGELEZA DA VIDA

A singeleza no campo,

Não é para qualquer um,

É preciso ser do mato,

Dos vícios está em jejum,

Conviver com a natureza,

Sentir no íntimo a pureza,

É ser no mínimo incomum.

Ouvir os grilos estalando,

As formigas a caminhar,

Flores silvestres no campo,

Borboleta suavemente planar,

Sobre um campo florido,

A vida tem mais sentido,

O homem tem mais pensar.

As coisas simples da roça,

São mais fáceis de gostar,

Viver junto a natureza,

Não há que si mutilar,

Fingindo está tudo bem,

Para satisfazer alguém,

Ou para a todos agradar.

Na roça, isso não há,

Acorda-se bem humorado,

Lava-se o rosto na bica,

Curte-se o vento gelado,

Soprando por sobre a face,

Um novo ânimo renasce,

Pra quem vive do roçado.

A vida é muito simples,

Bastando ao ser gostar,

Homem, mulher e criança,

Com tudo pode sonhar,

Expande-se a liberdade,

Só depende da vontade,

De a vida compartilhar.

Rio, 06/08/2010

Feitosa dos Santos