A PRESA E A VÍTIMA

Estátuas são como pequenas sombras, à

distância, no meio de um bosque ou vestindo casas,

molhadas por uma noite de chuva sem cessar.

E há verdete escorrendo no meio da escuridão.

E só as luzes fugazes de um candeeiro, incidindo

sobre o traço da pedra, mostram as mariposas

invadindo olhos vazios de anjos.

Tudo o mais é noite lúgubre, sons de animais

no restolho dos jardins, assumindo de seguida

um silêncio incólume, prontificando o salto final.

E de tanta chuva a terra tornou-se numa ratoeira.

Jorge Humberto

15/09/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/09/2009
Código do texto: T1813734
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