Turmalinas decadentes...
No vento um perfume parco
E um toc, toc, de salto alto.
Nos postes a pouca sorte,
Nas bocas o batom forte...
Em cada esquina calado gesto,
Em cada sina reflexo inerente,
Inconsciente neblina...
Moças crianças, trazem suas lembranças,
Seus ideais, desesperança fugaz.
Velhas meninas, Carolinas, Catarinas...
Abençoadas loucas, turmalinas decadentes,
Apaixonadas bocas, roucas de sina
E fé descrente...
No vento um perfume parco
E um toc, toc, de salto alto.
No rosto o olhar sombrio,
No gesto um convite frio...