A Maria Betânia (homenagem)
A Maria Betânia (homenagem)
Maria, não a de Betânia,
Maria, não a de Nazaré
Maria a que nasceu no Brasil,
Maria, a que canta e induz à fé,
Canta e encanta, Maria Betânia,
Tua voz é doce e, não profana,
Ecoa sobre o tempo de Deus,
Com essa sua voz tamanha.
Melodias que evoca o silêncio,
Ao divino é preciso ouvir,
A voz solta ao vento, provoca arrepio,
Embala as plantas, sacode as vestes,
O corpo se aquece, na água do rio,
Contritos, remete-nos ao infinito,
Teu cantar é suave e bonito,
Bendito é o tempo que ouve tuas preces.
No sexagésimo ano do teu canto divinal,
Não bastaria ouvir tuas canções,
Mas dizer-te em palavras soltas ao vento,
O quanto fazes pulsar forte os corações,
És o coleiro cantor, a passarada,
És o anjo da arte, que canta e encanta,
O teu jeito de ser não desaponta,
O sublime e grandioso escultor.
Rio,13/02/2025
Poeta Feitosa dos Santos, Antonio