Gozo poetico
Deitei meus versos no colo da poesia, e em doces rimas lhe abracei envolvendo-me com graça em seus receptivos braços.
Beijei-lhe os seios, alimentando-me de sonhos, toquei seu sexo em vontades tantas de inspiração e gozamos em letras e descansamos
juntos da nossa batalha travada em palavras.
Concebemos em nós o fruto de nós dois e espargimos ao mundo sementes cantadas em breves e tao habilidosos sonetos que harmonizavam o universo em tantos dizeres benditos.
Eclodiu de nós tantas linhas que foram fiando tecendo uma malha de dizeres e o mundo cobriu de vida, um novo e tão vasto tempo fecundo, acrescentando no arco iris da inspiração uma nova cor a qual chamamos de poesia.
Germinaram, brotando no universo o crescimento da arte da palavra, onde outros mestres a transformaram em música e adocicaram os sonhos de outros tantos que por meio de nós, ainda virão saudar o belo existir nesse fantastico mundo da genética poética que insiste e teima ser parida por todos que amam e gozam poesia.
Carlos Silva.