À lá Chico Buarque
Eu A risco.
Como placa Proibido Estacionar,
Quem A risca, é A riscado.
E quem não arrisca,
É doente da cabeça,
Cabriolagem Petista em pé,
Ou melhor: salmão não petisca;
Certo José?
Nem pra lá,
Nem pra cá.
Ventos roçam a cabeleira das copas das árvores,
Mares se levantam,
O diabo enfurece,
Línguas de fogo riscam o céu,
De político, que é gente tal qual como agente,
Nada deve-se esperar.
Fui!!!
Se eu encontrar o Luis, alcunha Ernesto,
Em São José dos Jumentos,
Pernambuco, cafundós do Brasil,
Ou acolá,
Acorrento-o e levo aos seus pés,
Para vosmecê,
Com suas mãos lisas,
O ouvido dele,
Apreciar.
Sardônico sarado.
Safira salafrária.
Sadomasoquista sacana.
Sujeito safado.
Tem mais,
Muito mais cães vira-latas sem coleira.
Com tornozeleira?
Sabe-se lá.
Desfilando manias na praça,
Comendo picanha,
Fumando charuto cubano,
Tomando vinho português,
Jogando capoeira,
Chacoalhando o ganzá.
Ser vagabundo assumido,
Que nada tem herdou dos loucos,
Usurpando o suor alheio,
E por isso se vangloriar,
É para poucos!