Fátima

Meu português descuidado, gris, carente

não encaixa rima nem a métrica necessária

para descrever tudo que se sente

de forma culta, inteligente, filosófica, hilária,

sobre você.

E isto é uma lástima

pois mesmo sem dom e fino champagne

mas com lápis em riste e papel em punho

queria desenhar uma Fátima.

Uma Fátima tímida para os íntimos.

Mas ela é pública e para todos.

Uma Fátima serena de atos ínfimos.

Mas ela é ácida e de mil modos.

Mas se a verve falhou em mim, preterivelmente.

Com raça e desprovida técnica, rastejei-me,

até aos umbrais da poesia

aglutinando fonemas e concatenando a mente.

E enfim, meus olhos juvenis,

vislumbraram a noite clarear o dia.

E com champanhe em mãos e o dom

mesmo sem lápis, nem papel,

cantarolar “ FÁTIMA “

dentro ou fora do tom

será sempre especial,

como arco-íris desenhado no azul do céu.

Poema encomendado por um amigo e dedicado à sua esposa.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 17/04/2018
Reeditado em 12/10/2018
Código do texto: T6310787
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