Michelle

Michelle.

Para ele que é o eleito

é feito " papel-de-parede ".

Que adorna o quarto

com fotos, poses e pernas... entre...

a púbis, que é porta para o ventre:

Cume almejado.

Lugar buscado.

Centro sagrado.

Fonte geradora de espécimes raras.

Fábrica criadora de gênios e príncipes.

Michelle.

Pele e riso.

Viço que vejo.

Dentes e peitos.

Seus trejeitos a serviço do ofício:

Panaceia para todos os males.

Michelle.

Que a paz

que emana de seu olhar e simpatia ímpar

acalme a avidez do mundo.

Ou pelo menos, desse cliente de xerox, mudo,

de sentimentos fortes,

tal qual, a bola

do chiclete " Ploc " que pulula na boca.

E essa mesma boca

que sôfrega, lê, a revista " VEJA ",

espera, num toque de mágica,

que a sua boca, que hoje,

beija outra boca,

sofra impulsos prá querer outra.

Macia, tenra e vermelha.

De vergonha talvez.

Ou, feito maçã, pronta prá comer.

Poema encomendado por um amigo em homenagem à sua namorada.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 06/04/2018
Reeditado em 17/04/2018
Código do texto: T6301366
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