Michelle
Michelle.
Para ele que é o eleito
é feito " papel-de-parede ".
Que adorna o quarto
com fotos, poses e pernas... entre...
a púbis, que é porta para o ventre:
Cume almejado.
Lugar buscado.
Centro sagrado.
Fonte geradora de espécimes raras.
Fábrica criadora de gênios e príncipes.
Michelle.
Pele e riso.
Viço que vejo.
Dentes e peitos.
Seus trejeitos a serviço do ofício:
Panaceia para todos os males.
Michelle.
Que a paz
que emana de seu olhar e simpatia ímpar
acalme a avidez do mundo.
Ou pelo menos, desse cliente de xerox, mudo,
de sentimentos fortes,
tal qual, a bola
do chiclete " Ploc " que pulula na boca.
E essa mesma boca
que sôfrega, lê, a revista " VEJA ",
espera, num toque de mágica,
que a sua boca, que hoje,
beija outra boca,
sofra impulsos prá querer outra.
Macia, tenra e vermelha.
De vergonha talvez.
Ou, feito maçã, pronta prá comer.
Poema encomendado por um amigo em homenagem à sua namorada.