Simone

Simone.

Seu nome me consome.

Me atrai, me da fome, me distrai.

Desperta-me de noites insones.

Me abstrai.

Ouvir seu nome, Simone,

quando digo " Alô !? " ao telefone,

impulsiona-me ao estrelato.

Resgata-me do fato

de estar sozinho,

como que, num hiato,

e traz-me de volta ao palco.

Palco onde encenamos nossa peça

desde o primeiro ato.

Até ao final esperado, desejado.

O " The End " que nos interessa.

Os lábios de Simone quando me chamam

faz-me imaginar loucuras afins.

Divago ao léu sonhando que

na cama nossas "nuances" irão extravasar

e nossos "nãos" irão se transformar em "sins".

Nosso alçar voo irá ao teto

e o mundo todo ficará quieto.

Ouvindo nossos sussurros e urros.

Ouvindo nossos absurdos sons.

intangíveis e inatingíveis aos pobres mortais.

Mas nós, imortais, seremos os tais.

Capazes de medir a vastidão do amor

num toque de lábios.

Num beijo.

Num olhar.

Poema encomendado por um amigo e dedicado à sua namorada.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 31/03/2018
Reeditado em 02/04/2021
Código do texto: T6295801
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