Simone
Simone.
Seu nome me consome.
Me atrai, me da fome, me distrai.
Desperta-me de noites insones.
Me abstrai.
Ouvir seu nome, Simone,
quando digo " Alô !? " ao telefone,
impulsiona-me ao estrelato.
Resgata-me do fato
de estar sozinho,
como que, num hiato,
e traz-me de volta ao palco.
Palco onde encenamos nossa peça
desde o primeiro ato.
Até ao final esperado, desejado.
O " The End " que nos interessa.
Os lábios de Simone quando me chamam
faz-me imaginar loucuras afins.
Divago ao léu sonhando que
na cama nossas "nuances" irão extravasar
e nossos "nãos" irão se transformar em "sins".
Nosso alçar voo irá ao teto
e o mundo todo ficará quieto.
Ouvindo nossos sussurros e urros.
Ouvindo nossos absurdos sons.
intangíveis e inatingíveis aos pobres mortais.
Mas nós, imortais, seremos os tais.
Capazes de medir a vastidão do amor
num toque de lábios.
Num beijo.
Num olhar.
Poema encomendado por um amigo e dedicado à sua namorada.